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Gestores comerciais: como a autocrítica fortalece equipes de vendas

  • Foto do escritor: Paulo Roque
    Paulo Roque
  • 29 de set.
  • 2 min de leitura


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Toda empresa carrega uma identidade própria, construída não apenas pelos produtos ou serviços que oferece, mas também pela forma como sua liderança conduz o dia a dia. No universo comercial, essa identidade está diretamente conectada à postura do gestor de vendas. Quando o que se diz não está alinhado ao que se faz, cria-se um ambiente de desconfiança e fragilidade, em que os discursos soam vazios e os colaboradores se distanciam.

Nesse contexto, a autocrítica se apresenta como uma das ferramentas mais poderosas à disposição dos líderes. Reconhecer falhas, rever decisões e demonstrar abertura ao aprendizado não diminui a autoridade do gestor; ao contrário, amplia o respeito e a confiança da equipe. Um líder que pratica a autocrítica cria espaço para que seus vendedores também se sintam seguros em expor dificuldades e propor soluções. O resultado é um ambiente de transparência, onde todos crescem juntos.

Por outro lado, gestores com perfil refratário que não admitem erros e adotam uma postura opressora acabam construindo ambientes hostis. O impacto é imediato: alta rotatividade de vendedores, desmotivação generalizada e desperdício de recursos com treinamentos e contratações constantes. Em vez de somar forças, a liderança acaba drenando energia da equipe e limitando o crescimento da empresa.

Pesquisas na área de comportamento organizacional mostram que a coerência entre discurso e prática da liderança é decisiva para a saúde da cultura corporativa. Jim Collins, em seu clássico Empresas Feitas para Vencer, destaca que grandes resultados estão ligados à humildade e disciplina dos líderes (COLLINS, 2001). Da mesma forma, Daniel Goleman, em Inteligência Emocional, evidencia como a capacidade de reconhecer e gerir emoções, incluindo admitir falhas, é fator crítico para engajar e reter talentos (GOLEMAN, 1995).

Na prática, a autocrítica é uma forma de serviço. É um exercício de humildade que transforma o espaço de trabalho em um ambiente saudável, de aprendizado contínuo e colaboração genuína. Quando um gestor se mostra disposto a ouvir, revisar suas atitudes e ajustar seu caminho, envia uma mensagem clara: “Estamos juntos neste processo.” Esse gesto, embora simples, fortalece a identidade da empresa, pois conecta a cultura desejada à realidade vivida.

Portanto, gestores comerciais que buscam resultados consistentes e times resilientes devem olhar para dentro de si. A autocrítica não é sinal de fraqueza, mas de maturidade. É ela que abre caminho para equipes mais fortes, ambientes mais estáveis e empresas que multiplicam valor de forma sustentável.

 
 
 

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