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Salt Bae: ascensão meteórica e os riscos de perder a essência de um negócio

  • Foto do escritor: Paulo Roque
    Paulo Roque
  • 22 de set.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 24 de set.


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Nusret Gökçe ,o icônico Salt Bae, tornou-se famoso em 2017, após um vídeo viral em que sua forma estilizada de polvilhar sal sobre a carne virou meme global. De repente, sua imagem viral, os memes e o timing nas redes sociais impulsionaram seu nome ao estrelato. Em pouco tempo, abriu várias filiais de suas casas de carnes em cidades como Nova York, Dubai, Miami, Istambul e Paris. O diferencial: uma experiência visual e gastronômica única, bem orquestrada para encantar o público e justificar preços premium.

Durante sua ascensão, Salt Bae conseguiu construir um forte posicionamento de marca: luxo acessível, performance culinária e uma experiência teatral. Sua persona ,o maneirismo ao servir, se transformou em sua assinatura, criando conexão emocional com o público e visibilidade de marketing espontâneo.

Mas, mais recentemente, começaram a surgir relatos de inconsistência em atendimento e qualidade entre as unidades. Queixas de clientes insatisfeitos e reclamações sobre preços elevados geraram ruídos que abalaram a credibilidade da marca. Essa queda de reputação sugere que o foco excessivo na performance visual e na expansão rápida pode ter comprometido a experiência real do cliente.

Então, onde Salt Bae se perdeu? Isso pode ter ocorrido por um desvio da visão e da missão original do negócio. O conceito primário era oferecer uma experiência singular, tanto visual quanto gastronômica. Ao expandir muito rápido e priorizar o espetáculo, talvez tenha deixado de zelar pela qualidade e consistência que fundamentam o valor percebido. Assim, aquilo que era valorizado como diferencial virou risco, sem bases estruturais, a marca se tornou vulnerável.

Lições para negócios (incluindo B2B, claro):

  1. Essência sempre em primeiro lugar: Sua visão e missão são as fundações do negócio. Se você se expandir ou inovar, mas perder aquilo que faz sua marca especial, isso prejudica sua proposta de valor.

  2. Consistência operacional é estratégia: Crescer sem garantir padrões uniformes nas operações resulta em rupturas de confiança. A experiência do cliente deve ser estável independentemente do canal ou da escala.

  3. Experiência é performance + substance: Marketing visual e experiência memética atraem atenção, mas para fidelizar, é preciso substância: bom produto, atendimento, qualidade, resultados entregues.

  4. Expansão deve ser controlada e estratégica: Uma unidade piloto forte é muito mais valiosa do que múltiplas unidades fracas. É preciso investir em padronização, treinamento e cultura corporativa antes de escalar.

  5. Feedback e adaptação: Não ignore reclamações ou insatisfações. Use-as como termômetro para ajustar processos, treinamento e oferta de valor.

Em resumo, Salt Bae nos oferece um case fascinante de branding e viralidade , mas também nos lembrou que, sem bases sólidas de qualidade e visão clara, o show pode falhar. Para empresas que buscam construir crescimento sustentável, a lição é clara: performance chama atenção, mas entrega, consistência e propósito constroem longevidade.

 
 
 

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